Tudo Sobre Como Cultivar Cactos em Ambientes Internos: Cuidados e Manutenção

Os cactos são plantas fascinantes e extremamente versáteis, perfeitas para quem busca beleza e praticidade na decoração. Existem milhares de espécies na natureza, mas, quando falamos de cultivo doméstico, elas se dividem em dois grandes grupos: cactos do deserto e cactos da floresta. Ambos são fáceis de cuidar e se adaptam bem a ambientes internos, exigindo pouca manutenção.

Os cactos do deserto são os mais populares e possuem formatos variados, como esferas, colunas e formas achatadas. Suas folhas evoluíram para espinhos, o que os ajuda a reter água e se proteger do calor intenso. Já os cactos da floresta, como o famoso cacto de Natal, têm aparência diferente: lembram plantas tropicais e crescem naturalmente sobre árvores, o que os torna perfeitos para vasos suspensos.

No Brasil, o cacto de Natal (Schlumbergera truncata) se destaca como um dos mais cultivados. Originário das florestas tropicais brasileiras, ele floresce lindamente em tons de vermelho, rosa, roxo e amarelo, trazendo um charme especial para qualquer espaço. Tanto os cactos do deserto quanto os da floresta têm crescimento lento, mas, quando bem cuidados, podem durar muitos anos e até presentear o ambiente com flores exuberantes.

Características gerais dos cactos

Os cactos são plantas extremamente resistentes, ideais tanto para quem tem experiência no cultivo quanto para iniciantes. Se você quer aprender como cuidar bem deles e garantir que cresçam saudáveis dentro de casa, continue a leitura!

Cuidados com cactos em ambientes internos

Os cactos estão entre as plantas domésticas mais resistentes e fáceis de cultivar, tornando-se uma escolha perfeita para quem deseja um toque verde sem exigir muita manutenção. Com sua beleza singular, eles podem transformar qualquer ambiente, seja em janelas ensolaradas, estantes ou mesas bem iluminadas. Para que cresçam saudáveis dentro de casa, siga estas recomendações essenciais:

• Escolha um local bem iluminado para posicionar o cacto.
• Utilize solo leve e bem drenado, preferencialmente uma mistura própria para cactos.
• Regue apenas quando o solo estiver completamente seco – o excesso de água pode apodrecer as raízes.
• No inverno, reduza a rega e a adubação, pois os cactos entram em um período de dormência.
• A poda não é necessária, exceto para remover partes danificadas ou controlar o crescimento.

Luz

Os cactos precisam de pelo menos 4 a 6 horas diárias de luz solar intensa para crescerem bem. No entanto, algumas espécies podem sofrer queimaduras sob sol direto, especialmente em regiões mais quentes do Brasil. O ideal é posicioná-los perto de uma janela bem iluminada, de preferência voltada para o norte ou oeste.

Se quiser levar seu cacto para áreas externas no verão, faça isso gradualmente e apenas quando as temperaturas mínimas à noite estiverem acima de 10°C.

Solo

O solo ideal para cactos deve ser bem drenado, evitando o acúmulo de umidade nas raízes. Você pode optar por uma terra própria para cactos e suculentas, vendida em lojas de jardinagem, ou preparar uma mistura caseira adicionando areia grossa, perlita ou pedriscos ao substrato comum. Para os cactos da floresta, o solo pode ser um pouco mais orgânico, mantendo a drenagem eficiente.

Rega

A rega deve ser feita com moderação. Durante a primavera e o verão, quando o cacto está em fase de crescimento e pode florescer, regue a cada 10 dias, sempre esperando o solo secar completamente entre uma rega e outra.

No inverno, os cactos entram em dormência, exigindo ainda menos água. Reduza a rega para uma vez por mês e, no caso de espécies desérticas, até a cada seis semanas. O segredo para evitar o apodrecimento das raízes é garantir que o solo esteja totalmente seco antes de regar novamente.

Temperatura e umidade

Os cactos se adaptam bem ao clima brasileiro, preferindo temperaturas entre 22°C e 30°C durante o dia. No inverno, algumas espécies toleram quedas para 12°C a 15°C, mas abaixo disso é preciso protegê-las do frio excessivo.

Em termos de umidade, os cactos do deserto não exigem cuidados extras, pois lidam bem com o ar seco. Já os cactos da floresta, como o cacto de Natal, preferem umidade levemente maior. Se notar que sua planta está ressecada, um leve borrifamento de água pode ajudar, mas sem exageros.

Adubação

Embora os cactos sejam naturalmente resistentes, adubar algumas vezes ao ano pode estimular um crescimento mais vigoroso e flores mais bonitas. O ideal é usar um fertilizante próprio para cactos, com mais fósforo do que nitrogênio, pois isso fortalece as raízes e incentiva a floração.

Aplique o adubo de duas a três vezes ao ano, apenas na estação de crescimento (primavera e verão). Durante o inverno, suspenda a adubação, pois a planta estará em dormência e não absorverá os nutrientes da mesma forma.

Seguindo essas dicas, seu cacto crescerá saudável e cheio de vida, trazendo um toque natural e charmoso para a sua casa!

Tipos de Cactos para Cultivo em Ambientes Internos

Os cactos são uma escolha incrível para decoração de interiores, pois aliam beleza exótica à praticidade nos cuidados. Existem diversas variedades que se adaptam bem dentro de casa, seja em apartamentos compactos ou em espaços amplos. Abaixo, confira algumas das espécies mais recomendadas para cultivo em ambientes internos:

• Cacto Orelha-de-coelho (Opuntia microdasys)
  Originário do México, esse cacto tem formato peculiar, lembrando as orelhas de um coelho. Apesar de sua aparência fofa, seus gloquídeos (pequenos espinhos finos) podem ser bastante incômodos ao toque. Ele cresce bem em vasos e pode atingir de 60 cm a 90 cm de altura. Em condições ideais, pode produzir flores brancas.
• Mammillaria hahniana (Cacto-rabo-de-cão) – De formato arredondado e coberto por uma fina penugem branca, esse cacto lembra um pequeno novelo espinhoso. Durante a primavera, produz flores roxas ou rosadas ao redor do topo, formando uma espécie de coroa. Ele é compacto, atingindo cerca de 10 cm de altura e 20 cm de diâmetro, sendo ideal para pequenos vasos decorativos.
• Cacto-ouriço (Astrophytum asterias)
  Conhecido também como cacto-patinho ou estrela-do-mar, esse cacto tem um formato achatado e simétrico, lembrando um ouriço-do-mar. Pequeno e ideal para terrários ou vasos compactos, ele cresce entre 2 e 5 cm de altura, com diâmetro médio de 10 cm. Durante a estação quente, pode produzir delicadas flores amarelas com centro alaranjado.

Esses são apenas alguns exemplos de cactos que podem ser cultivados dentro de casa. Ao escolher o seu, leve em consideração o espaço disponível, a iluminação do ambiente e a facilidade de manutenção. Independentemente da espécie escolhida, os cactos são opções incríveis para quem deseja uma planta de baixa manutenção e grande impacto visual.

Podas: Quando e Como Fazer

Os cactos são plantas de crescimento lento e, na maioria das vezes, não precisam de podas frequentes. No entanto, em alguns casos, uma leve manutenção pode ser necessária, seja para remover partes secas ou danificadas, seja para controlar o tamanho da planta.

Se notar segmentos amarelados, apodrecidos ou machucados, utilize uma tesoura de poda afiada e esterilizada para fazer o corte. Isso ajuda a evitar infecções e mantém o cacto saudável.

Além disso, muitos cultivadores optam por podar quando desejam retirar brotos laterais (também chamados de “filhotes” ou “pups”) para propagação. Se esse for o seu objetivo, lembre-se de usar luvas de jardinagem resistentes, pois algumas espécies possuem espinhos pequenos e finos que podem ser difíceis de remover da pele.

Com a poda adequada, seu cacto pode crescer com mais vigor e manter um formato harmonioso dentro do ambiente.

Propagando Cactos em ambientes internos

Se o seu cacto produzir brotações ou “filhotes”, você pode utilizá-las para propagar novas plantas. A maioria dessas brotações nasce na base da planta-mãe, compartilhando nutrientes e água, enquanto outras podem surgir ao longo do caule ou nas “orelhas” de alguns tipos de cactos.

A prática de colher e propagar essas brotações não só ajuda a manter a saúde da planta-mãe, mas também permite que você tenha mais cactos para decorar sua casa ou presentear. Aqui vai um passo a passo para propagar o seu cacto a partir dos filhotes:

O que você vai precisar:

• Luvas de proteção
• Uma faca bem afiada
• Álcool para esterilização
• Hormônio de enraizamento (opcional, mas recomendado)
• Substrato específico para cactos (ou terra bem drenada)
• Um vaso pequeno

Passo 1: Preparando os Materiais

Antes de tudo, esterilize a faca com um álcool em gel ou uma toalha embebida em álcool. Isso é importante para evitar a transmissão de doenças e fungos. Coloque as luvas para proteger suas mãos durante o processo.

Passo 2: Retirando a Brotação

Identifique a brotação ou “filhote” que você deseja retirar e corte-a com a faca, fazendo um corte em um ângulo de cerca de 45 graus. Esse ângulo ajuda a ferida a cicatrizar mais rápido, evitando que o filhote apodreça. É ideal deixar a brotação secar por alguns dias em um local seco, permitindo que a área cortada forme uma camada de calo, o que é essencial para evitar infecções.

Passo 3: Preparando o Substrato

Enquanto a brotação cicatriza, encha o vaso com o substrato adequado para cactos, que pode ser encontrado facilmente em lojas de jardinagem. Se você preferir, pode misturar terra comum com areia ou perlita para garantir uma boa drenagem. Evite usar substrato que retenha muita água, pois isso pode prejudicar o cacto.

Passo 4: Plantando o Filhote

Após o período de secagem, mergulhe a extremidade cortada do filhote em hormônio de enraizamento, se desejar, e então plante-o delicadamente no vaso com o substrato. Pressione suavemente para garantir que o filhote fique firme na terra, mas sem compactá-la demais.

Passo 5: Cuidados Pós-Plantio

Coloque o vaso em um local com luz indireta e evite a luz solar direta por enquanto, já que o filhote ainda está se adaptando. Mantenha o ambiente um pouco úmido, mas sem exagerar na água. A ideia é manter o substrato levemente úmido, mas nunca encharcado. Use um borrifador para umedecer o ambiente sem molhar demais.

Dentro de aproximadamente quatro a seis semanas, o filhote deverá começar a desenvolver raízes e, com o tempo, se tornará uma planta saudável, pronta para crescer e se espalhar.

Esse processo não só ajuda a expandir sua coleção de cactos de maneira simples, mas também mantém a planta-mãe saudável e vigorosa. Aproveite o processo e, quem sabe, você poderá dar novos cactos como presentes ou usá-los para decorar outros cantos da sua casa.

Dica adicional: Se você quiser acelerar o crescimento, pode optar por usar um hormônio de enraizamento, encontrado em lojas de jardinagem. Ele ajuda as raízes a se desenvolverem mais rapidamente, garantindo que o filhote se adapte bem ao novo ambiente.

Como cultivar cactos em ambientes internos a partir de sementes

Tanto os cactos de desertos quanto os de florestas podem ser cultivados a partir de sementes, mas é importante ter paciência, já que o processo pode ser mais demorado. Além disso, você precisará adquirir as sementes, que podem ser coletadas da planta apenas se ela florescer. Muitos cactos de interior, no entanto, podem nunca florescer, o que torna a compra de sementes embaladas, geralmente vendidas em viveiros, a melhor opção.

A boa notícia é que, com o devido cuidado, você pode cultivar cactos maravilhosos a partir de sementes e, no processo, aprender a valorizar as características únicas dessa planta. Aqui vai um passo a passo de como fazer isso de forma eficiente:

Passo 1: Preparando as Sementes

Antes de plantar, muitas sementes de cactos precisam passar por um processo chamado estratificação. Isso simula o efeito do inverno e faz com que as sementes “acordem” para o momento de germinação. Para isso, basta colocar as sementes em um recipiente com musgo esfagno ou outro substrato úmido e guardar tudo na geladeira por um período de 4 a 6 semanas. Durante esse tempo, as sementes irão se “despertar”, estando prontas para o plantio.

Passo 2: Preparando o Substrato

Após a estratificação, é hora de preparar o vaso com substrato adequado para cactos, que pode ser facilmente encontrado em lojas de jardinagem. Caso não tenha o substrato específico para cactos, uma mistura de terra comum com areia ou perlita também pode funcionar bem, já que o cacto precisa de boa drenagem.

Passo 3: Plantando as Sementes

Coloque as sementes no substrato preparado, cobrindo-as com uma camada fina, aproximadamente de 1 cm, ou de acordo com o tamanho da semente. Geralmente, as sementes de cactos são muito pequenas, então é importante não enterrá-las profundamente, mas apenas o suficiente para garantir que elas tenham contato com a terra. Regue levemente, mas evite encharcar. O objetivo é manter o substrato umedecido, sem acumular água, o que pode apodrecer as sementes.

Passo 4: Criando o Ambiente Ideal para Germinação

Após o plantio, cubra o vaso com um plástico transparente para criar um ambiente de estufa. Coloque o vaso em um local iluminado, mas fora da luz solar direta, para evitar o superaquecimento. A germinação das sementes geralmente ocorre em cerca de 3 semanas, então observe com atenção o desenvolvimento delas.

Durante esse período, mantenha o plástico no vaso, mas remova-o durante o dia para ventilar o ambiente. Isso ajuda a evitar o acúmulo de fungos e proporciona um crescimento saudável para os cactos.

Passo 5: Cuidados com as Mudas

Após aproximadamente 6 meses, as mudas de cacto estarão grandes o suficiente para serem transplantadas para seus próprios vasos. Nesse ponto, elas devem estar com raízes bem formadas e já apresentando as características da planta adulta.

Dica adicional: Não se apresse! O processo de cultivo de cactos a partir de sementes requer tempo e paciência, mas o resultado vale muito a pena. Acompanhe de perto o crescimento das mudas e, caso elas mostrem sinais de falta de nutrientes, você pode adicionar um pouco de fertilizante específico para cactos, mas sempre com moderação.

Como Trocar o Vaso e Replantar Cactos

Os cactos são plantas de crescimento lento e, por isso, não costumam precisar de replantio com frequência. Na verdade, muitas espécies de cactos florescem melhor quando estão um pouco “apertadas” no vaso, ou seja, quando as raízes ficam ligeiramente restritas. A troca de vaso deve ser feita, preferencialmente, no início da temporada de crescimento, apenas quando o cacto precisa de solo novo ou está apresentando sinais de apodrecimento nas raízes.

Quando Replantar?

Se o seu cacto estiver crescendo bem, mas você percebe que o solo está empobrecido, ou se houver sinais de excesso de umidade, como raízes podres ou malcheirosas, esse é o momento certo para replantar. Cactos que sofrem de apodrecimento nas raízes precisam de uma atenção especial, e a troca de vaso pode ser a melhor solução para recuperar a saúde da planta.

Como Fazer a Troca de Vaso

Aqui está o passo a passo para realizar o replantio de forma segura e eficaz:

1. Use Luvas de Proteção: Como os cactos possuem espinhos, é importante se proteger com luvas de jardinagem ou então com um pano grosso ao redor da planta.
2. Retire o Cacto do Vaso Antigo: Utilize uma espátula ou uma ferramenta limpa para soltar suavemente as raízes do vaso. Se o cacto estiver muito preso, você pode precisar dar alguns tapinhas leves no vaso para soltá-lo.
3. Escolha o Novo Vaso: Opte por um vaso de barro ou cerâmica, que ajuda na drenagem. O tamanho do vaso deve ser um pouco maior que o anterior, mas não excessivamente grande, pois cactos preferem estar um pouco apertados.
4. Prepare o Substrato: Preencha o fundo do vaso com uma mistura de solo bem drenante, própria para cactos. Você pode usar terra para cactos ou fazer sua própria mistura, combinando terra de jardim com areia grossa ou perlita.
5. Plante o Cacto: Coloque o cacto no novo vaso e preencha os espaços ao redor com mais substrato, tomando cuidado para cobrir as raízes. Não compacte o solo demais. Regue levemente, apenas o suficiente para assentar a terra.
6. Posicionamento e Cuidados: Após o replantio, deixe o cacto em um local iluminado, mas sem luz solar direta, por alguns dias, para que ele se acostume ao novo ambiente. Evite regar excessivamente nos primeiros dias após o replantio.

Dica Importante: Sempre que possível, escolha um substrato próprio para cactos, já que ele proporciona a drenagem adequada que a planta precisa para se desenvolver de forma saudável.

Como Cuidar do Cacto no Inverno

Durante o inverno, os cactos de interior exigem cuidados especiais, mas, na verdade, isso significa dar um pouco menos de atenção a eles, e não mais. No Brasil, embora as temperaturas de inverno não sejam tão extremas quanto em outros lugares, ainda assim, é importante ajustar alguns cuidados para garantir que seu cacto passe bem por essa estação mais fria.

1. Posicionamento Ideal

O primeiro passo para garantir o bem-estar do seu cacto durante o inverno é colocá-lo no local mais iluminado da casa. O sol de inverno no Brasil, apesar de mais fraco, ainda oferece luz suficiente para manter o cacto saudável, especialmente se ele estiver em um local com boa incidência de luz, como perto de uma janela voltada para o norte ou leste. A luz solar baixa e suave é ideal para o cacto, já que ele não corre o risco de ser queimado, como no verão.

2. Menos Água, Menos Fertilizante

Durante o período de dormência, que ocorre no inverno, os cactos reduzem seu ritmo de crescimento, por isso, é hora de diminuir a frequência das regas. Regue o cacto apenas uma vez por mês, ou o suficiente para manter o solo ligeiramente úmido. Não exagere, pois o excesso de água pode causar apodrecimento nas raízes.

Além disso, pare de fertilizar a planta nesse período. O cacto não estará em fase de crescimento ativo e, por isso, não precisa de nutrientes extras. Isso ajuda a evitar sobrecarga e possíveis danos ao sistema radicular.

3. Temperatura Ideal

Embora o clima do Brasil seja mais ameno, no inverno, os cactos ainda precisam de uma temperatura agradável para se manterem saudáveis. Evite deixá-los em locais muito frios, como perto de correntes de ar ou onde a temperatura possa cair abaixo de 10°C. Idealmente, mantenha-os em ambientes com temperatura entre 15°C e 25°C.

Dica Extra

Lembre-se de que, durante o inverno, os cactos não necessitam de tanta umidade, portanto, manter a planta em ambientes fechados e secos é uma boa prática. Também é importante evitar que o cacto fique em lugares com umidade excessiva, como banheiros, onde o risco de fungos e apodrecimento pode aumentar.

Pragas e Doenças Comuns em Cactos de Ambientes Internos

Embora os cactos sejam conhecidos por sua resistência, isso não significa que estão imunes a problemas. Dentro de casa, eles podem sofrer com pragas silenciosas e doenças causadas pelo excesso de umidade.

Entre os principais invasores, destacam-se as cochonilhas, que deixam uma camada esbranquiçada parecida com algodão no caule, e os ácaros, que podem causar o enfraquecimento da planta. Pequenos mosquitinhos no solo (fungus gnats) também são um sinal de alerta, indicando que há umidade excessiva no substrato.

O controle dessas pragas pode ser feito de forma natural e segura. Um método eficiente é removê-las manualmente com um cotonete embebido em álcool ou usar um spray de água e sabão neutro. Evite o uso de inseticidas fortes, já que muitas dessas pragas criam resistência a produtos químicos.

Além das pragas, um dos maiores perigos para os cactos de interior é a podridão causada pelo excesso de água. Se perceber manchas escuras e amolecidas no caule, pode ser um sinal de fungos ou bactérias atacando a planta. Em casos mais graves, a planta pode até liberar um líquido escuro e viscoso, indicando que a infecção está avançada.

Para salvar o cacto, remova as áreas afetadas com uma faca esterilizada e aplique água oxigenada diluída no local do corte. Depois, ajuste a rega para evitar que o problema volte.

A chave para manter seu cacto saudável dentro de casa é garantir um solo bem drenado, evitar encharcamento e ficar atento a sinais precoces de infestação ou doenças. Com esses cuidados simples, sua planta pode crescer forte e livre de problemas por muitos anos.

Como Fazer um Cacto Florescer em Ambientes Internos

Ver um cacto florescendo dentro de casa é um verdadeiro privilégio, já que a maioria das espécies dificilmente produz flores em ambientes internos. No entanto, é possível estimular essa floração recriando algumas condições do habitat natural da planta.

O primeiro fator essencial é a variação de temperatura. Durante o dia, o cacto precisa de um ambiente quente, mas à noite, a temperatura ideal deve cair para algo entre 10°C e 13°C. Em regiões do Brasil onde o clima se mantém quente mesmo à noite, isso pode ser um desafio, mas é possível adaptar a planta deixando-a em um local mais fresco da casa, como uma varanda coberta.

Outro ponto crucial é a exposição solar. Para que um cacto floresça, ele precisa receber pelo menos quatro a seis horas diárias de luz natural direta. Sem essa luminosidade adequada, a floração pode ser comprometida.

A rega também precisa ser ajustada. Excesso de água pode impedir o desenvolvimento das flores, então, a recomendação é manter o substrato levemente seco entre as regas. Além disso, algumas espécies, como o cacto-de-natal, só florescem depois de um período de dormência. Isso significa que, por algumas semanas, é importante reduzir tanto a rega quanto a exposição solar. Essa pausa no crescimento induz a planta a produzir botões florais.

Com paciência e os cuidados certos, seu cacto pode surpreender com flores belíssimas e raras de se ver dentro de casa!

Problemas Comuns ao Cultivar Cactos em Ambientes Internos

Um dos erros mais frequentes ao cuidar de cactos dentro de casa é o excesso de regas, especialmente no inverno. Como essas plantas são adaptadas para armazenar água, o acúmulo excessivo pode levar ao apodrecimento da base ou das extremidades, onde surgem os novos brotos. Se o apodrecimento for severo, pode ser necessário cortar partes saudáveis e replantá-las ou, em casos mais graves, descartar toda a planta.

Outro problema que pode comprometer a saúde do cacto é o uso de fertilizantes químicos inadequados. Muitos produtos sintéticos contêm metais pesados, que podem intoxicar lentamente a planta. Para evitar isso, opte por adubos orgânicos ou específicos para cactos, que oferecem os nutrientes necessários sem causar danos.

Além disso, como os cactos não possuem casca protetora nem folhas que ajudam a amortecer impactos, eles são mais vulneráveis a lesões físicas. Pequenos machucados podem evoluir para infecções fúngicas ou bacterianas. A melhor forma de evitar esse problema é manter a planta sempre saudável, garantindo que qualquer ferimento seque e forme uma película protetora antes que microrganismos possam se instalar.

Com os cuidados certos, é possível manter um cacto bonito e resistente, evitando os erros mais comuns no cultivo indoor!

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FAQ

Qual o melhor lugar para deixar os cactos?
O melhor local para os cactos é aquele que imita seu habitat natural: um ambiente bem iluminado, com boa ventilação e proteção contra umidade excessiva. Se estiver dentro de casa, prefira janelas voltadas para o norte ou oeste, onde a luz do sol seja abundante. Já em áreas externas, mantenha-os em locais onde recebam luz direta, mas protegidos de chuvas intensas para evitar encharcamento.

Como cuidar da planta cacto em vaso?
Para manter um cacto saudável em vaso, escolha um recipiente com furos de drenagem e utilize um substrato específico para suculentas e cactos, que facilita a drenagem da água. Regue moderadamente, apenas quando o solo estiver completamente seco. Além disso, faça adubação leve a cada dois ou três meses e, se necessário, replante a cada dois anos para renovar os nutrientes do substrato.

É bom cultivar cactos dentro de casa?
Sim! Cactos são ótimos para ambientes internos porque exigem pouca manutenção e purificam o ar. Além disso, eles agregam um toque decorativo natural e moderno. O segredo para cultivá-los dentro de casa é garantir iluminação suficiente, seja por meio da luz natural ou, se necessário, com lâmpadas de crescimento para plantas.

Pode deixar o cacto no sol?
Sim, e na verdade a maioria das espécies de cactos precisa de luz solar direta para crescer bem. No entanto, é importante evitar mudanças bruscas de ambiente. Se o seu cacto estava na sombra, vá adaptando-o ao sol gradualmente para evitar queimaduras. Em regiões muito quentes, o ideal é que receba sol da manhã e sombra parcial à tarde.

Quantas vezes por dia tem que molhar o cacto?
Na verdade, cactos não precisam ser regados diariamente. Em geral, basta regá-los uma vez a cada 10 a 15 dias no verão e uma vez por mês no inverno. Sempre verifique se o solo está completamente seco antes de molhar novamente, pois o excesso de água é uma das principais causas de morte dos cactos.

Quais são os cactos que não gostam de sol?
Embora a maioria dos cactos ame sol, algumas espécies preferem meia-sombra. Exemplos incluem o cacto de flor-de-maio (Schlumbergera truncata), o cacto rhipsalis (Rhipsalis spp.) e o cacto-orquídea (Epiphyllum spp.), que são nativos de florestas tropicais e se adaptam melhor a ambientes com luz indireta e umidade controlada.

Israel Soares

Israel Soares é criador de conteúdo e especialista em compartilhar ideias que transformam lares e inspiram pessoas. Morador de São Paulo, escreve sobre decoração, jardinagem e estilo de vida sustentável, sempre com o objetivo de informar, conectar e trazer soluções práticas para o dia a dia.